O Maior Desafio da Inteligência Artificial nas Empresas: A Falta de Entendimento

O Maior Desafio da Inteligência Artificial nas Empresas: A Falta de Entendimento

Leia esse artigo no Linkedin: https://www.linkedin.com/pulse/o-maior-desafio-da-intelig%25C3%25AAncia-artificial-nas-empresas-sanchez-mjlmf/?trackingId=wzQZIydTTISoUdY1yhv88A%3D%3D

20 anos como CEO me ensinaram que tecnologia não substitui maturidade

Ao longo da minha carreira, já atuei como CEO por mais de 20 anos, conduzindo empresas em diferentes setores, crises e transformações tecnológicas. E foi essa vivência — empírica, real e estratégica — que me deu o entendimento necessário para desenvolver a poderosa arquitetura Morpheus, baseada em dois conceitos que eu mesmo criei: AI First e AI Total.

Esses dois princípios nasceram da observação de um fenômeno simples, mas preocupante: a maioria das empresas está tentando usar Inteligência Artificial sem entender o que ela realmente é — nem o que precisa existir antes dela.


A ilusão coletiva da “IA corporativa”

Hoje, vejo uma corrida insana por “ter IA” em todos os departamentos. Chatbots, copilotos, automações e dashboards são vendidos como se fossem o Santo Graal da eficiência. Mas a realidade que encontramos nas operações é completamente diferente: desinformação, confusão conceitual e uma total falta de preparo técnico dos líderes e gestores.

O maior desafio que enfrentamos não é tecnológico. É cognitivo e cultural. A maioria dos executivos não compreende o básico sobre como a IA funciona — e pior, ainda acredita que o modelo “sabe” o que acontece dentro da sua empresa.


O erro fundamental: achar que o LLM sabe sobre o seu negócio

É aqui que começa o colapso. Os modelos de linguagem (LLMs) foram treinados com bilhões de dados da Internet, mas nenhum dado da sua empresa.

Eles conhecem física, arte, medicina e leis — mas não têm a menor ideia de como você vende, produz, atende ou decide. Não sabem seus valores, sua missão, sua cultura ou seus processos internos.

O conhecimento real de uma empresa está espalhado entre pessoas, planilhas, e-mails, relatórios e conversas — fragmentado, contraditório e emocionalmente desestruturado. E a IA, quando implantada sem curadoria, apenas amplifica esse caos.


AI First e AI Total: o novo paradigma

Foi a partir dessa constatação que criei a filosofia AI First — uma abordagem que coloca a inteligência no centro de todas as decisões corporativas, desde o desenho de processos até a experiência do cliente. Não se trata de “ter IA em alguns pontos”, mas de pensar a empresa como um ecossistema cognitivo, onde cada ação, dado e decisão é orientado por inteligência.

E evoluindo esse pensamento, nasceu o conceito AI Total — a integração plena entre inteligências humanas, artificiais e organizacionais. Aqui, a IA deixa de ser uma ferramenta e passa a ser uma infraestrutura de raciocínio, distribuída entre agentes, processos e contextos, que se comunicam e aprendem juntos.

Essa arquitetura é a base do Morpheus, que projetamos para representar todas as instâncias onde usamos IA: da automação operacional ao atendimento, da curadoria de dados à auditoria global, dos modelos de linguagem aos agentes autônomos orquestrados.


A diferença entre usar IA e ser IA

Muitas empresas querem “usar IA” para resolver gargalos pontuais. Mas as organizações do futuro serão empresas que pensam como IA — capazes de observar padrões, aprender com erros e adaptar-se em tempo real.

E isso não se compra com um plugin. Isso se constrói com arquitetura, cultura e visão.

O Morpheus nasceu justamente para traduzir essa visão em prática: uma plataforma onde a inteligência não é apenas uma camada, mas a essência de cada operação.


Conclusão: o futuro pertence a quem entende antes de automatizar

A Inteligência Artificial não é o destino — é o caminho. Mas esse caminho exige entendimento profundo do que somos como empresa, como líderes e como pessoas.

Depois de duas décadas no comando de organizações, aprendi que tecnologia sem consciência é apenas barulho. E é por isso que o verdadeiro papel da IA não é substituir humanos, mas organizar o que a humanidade ainda não conseguiu estruturar dentro das próprias empresas.

O futuro corporativo não será definido por quem tem IA, mas por quem é capaz de pensar com ela.

Nicola Sanchez

CEO | Liderando a Revolução da AgenticAI para Empresas

21 de outubro de 2025

Postagens relacionados

‘IA agêntica’: o modelo que amplia a integração entre robôs e humanos

‘IA agêntica’: o modelo que amplia a integração entre robôs e humanos

Matrix Go lança Morpheus e aposta na IA Agêntica

Matrix Go lança Morpheus e aposta na IA Agêntica

“Genesis Mission”: novo marco bilionário para liderar a corrida global da IA

Amazon e IA: expansão bilionária impulsiona infraestrutura global

Amazon e IA: expansão bilionária impulsiona infraestrutura global

A Síndrome de Cronos na Inteligência Artificial: por que o futuro pertence às inteligências especializadas

A Síndrome de Cronos na Inteligência Artificial: um ensaio técnico sobre o limite da generalização e o surgimento das inteligências especializadas

Black Friday: o início de uma jornada, não o fim de uma corrida

Black Friday: o início de uma jornada, não o fim de uma corrida