As Interfaces Generativas vêm aí!

Imagine entrar num website ou app de sua preferência e poder lá mesmo construir uma jornada única marcada por perguntas e geração de telas personalizadas à suas necessidades e desejos? Imagine entrar num e-commerce e já enxergar o menu listado com as suas compras/categorias recorrentes e preferências?!

Estamos falando do poder de interfaces generativas, que diferentemente de interfaces estáticas e universais, permitem que o design, conteúdo e funcionalidades de uma página se adaptem às necessidades de determinado usuário em tempo real.

Você já ouviu falar em imagens, textos e vídeos gerados automaticamente pela Inteligência Artificial (IA generativa). A promessa agora é que as interfaces serão também geradas de forma personalizada – um avanço que deve permitir pela primeira vez que a tecnologia se adapte a nós, e não o contrário (que sejamos obrigados a nos adaptar a ela).

Interfaces Generativas – o que são?

Ao contrário de interfaces estáticas tradicionais – projetadas de forma rígida e universal para atender com consistências necessidades de massa; as interfaces generativas representam um novo tipo de experiência digital, no qual o layout, o conteúdo e as funcionalidades são gerados dinamicamente em tempo real a depender das interações e necessidades específicas de cada usuário.

Baseada em blocos e componentes modulares (conteúdos, funcionalidades, elementos de interface), essas interfaces contam com o arcabouço da Inteligência Artificial para montar e construir determinado website/app/sistema em tempo real, com base na jornada do usuário. Tem-se por fim uma experiência digital altamente hiperpersonalizada e individualizada.

Isso significa então mais trabalho para a área de UX (User Experience)? Sim e não! Aderir as interfaces generativas não equivale a criar do zero milhares de layouts ou possibilidades; essa tarefa fica com a IA. Mas os profissionais do UX precisam alimentar os motores de inteligência artificial com dados consolidados do negócio e dos usuários, além é claro de monitorar constantemente a tecnologia evitando erros e alucinações.

Como funciona na prática?

Imagine que você esteja num artigo de blog como este ou em uma determinada notícia falando sobre a evolução da Inteligência Artificial. No meio do artigo, algo lhe desperta a curiosidade: saber, por exemplo, quando surgiu e quem criou a IA. Em uma interface generativa, basta clicar na palavra “IA” e perguntar: “quando surgiu?”, “quem criou?”. A resposta aparece no próprio artigo sem interromper a leitura; ou seja, o artigo ganha 3 parágrafos a mais exclusivamente para você.

Digamos então que determinada imagem de um anúncio de uma agência de viagens conte com um lago ao fundo. Você, bastante curioso(a), se interessou por aquele local. Quer saber onde fica? Bastaria circular a área da imagem e perguntar. A interface responde ajustando a página dinamicamente para oferecer a resposta.

Mais dinâmico ainda seria, como exemplificamos no início, a possibilidade de um e-commerce reconhecer um assinante ou cliente em retorno, e ajustar toda sua interface e menu para itens com maior probabilidade de compra/recompra.

Todas essas experiências permitem que os usuários sigam sua própria curiosidade e preferências, obtendo respostas e forma imediata, sem interrupções.

SAIBA MAIS: O site da NASA (National Aeronautics and Space Administration) já permite justamente que o usuário interaja com textos e imagens, gerando respostas personalizadas a depender da experiência de cada usuário. Assista uma demonstração aqui!

Mudança de Paradigma

Não é exagero dizer que as interfaces generativas revolucionam a forma como interagimos com a tecnologia. Como dissemos, ao invés de sermos “obrigados” a aprender a usar e se adaptar a determinada tecnologia; são elas agora que aprendem a se ajustar às nossas necessidades.

Isso significa dizer que as experiências digitais não serão as mesmas: no sentido de que as interfaces estáticas ficarão para trás, e também no fato de que cada usuário terá acesso a um conteúdo e layout diferentes – individualizados.

Esse seria o exemplo máximo da hiperpersonalização que empodera ainda mais usuários e consumidores e desafia empresas e negócios. Sairão na frente, quem enxergar o potencial das interfaces generativas agora e investir em sua implementação com foco em interações personalizadas, individuais e intuitivas.

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